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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012


O azulejo
constitui uma das expressões mais populares e mais requintadas da arte que se
faz em Portugal, sendo nele muitas vezes expressa a história e cultura de um
povo ou das gentes de uma cidade.
Embora a sua
origem não seja portuguesa, mas árabe (Al zulaic), o azulejo foi uma das
expressões artísticas que teve no nosso país, e particularmente em Aveiro, um
desenvolvimento muito sui generis.
Os primeiros
trabalhos em azulejos existentes nesta cidade, remontam ao século XV,
coincidindo com o arrancar da actividade cerâmica como actividade económica de
relevo para a região. São hoje escassos os azulejos dessa época, devido aos
inúmeros restauros realizados. No entanto, ainda se podem encontrar no convento
de Santa Joana exemplares de azulejos deste século, ligados certamente à
fundação deste.
Os painéis de
azulejos etnográficos, históricos ou de figuras populares foram embelezando e
dando vida a paredes nuas, com mensagens de saudade e de amor, que muito
contribuíram para uma imagem de Aveiro com mais policromia e luz. Existem na
cidade, dois pontos fulcrais deste tipo de azulejaria: a casa de Santa Zita e a
Estação dos Caminhos de Ferro.
Diz-se que em
cinco séculos não houve país que produzisse azulejos com tanta qualidade e
quantidade como Portugal.

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