Este blogue discorda do acordo ortográfico.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Neste Natal...


Neste Natal…
O Sol no centro da galáxia vai brilhar
A Luz, o calor vai-nos fazer chegar
O Som dos sinos vai anunciar… que é Natal

Uma reacção de Amor vai acontecer
Exo ou endotérmica estará a brotar
Com uma vareta vamos tudo mexer
E grande energia vai-se libertar

Um circuito de luzes está a decorar
Uma escola reflectida num filtro de mil cores
Onde os alunos vão felizes, estudar e partilhar
Nos laboratórios como se fossem doutores

Numa bureta está a poção especial?
Ou será que está dentro de um balão?
Gota a gota flui a amizade do Natal
E a construção de um grande coração

Do micro ao macro, somos todos importantes
Nesta longa calha o atrito é fundamental
Faz-se muito perto os que estão distantes
Para que sempre seja Natal!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Festa dos Presépios - Tradição Rural



O presépio está em frente à igreja e ontem foi visitado por crianças da Ludoteca, a quem foi explicado o significado das figuras. “A maior parte das crianças já não sabe o que é o presépio. Só conhecem o Pai Natal e a Árvore de Natal”, referiu Conceição Amaral, da Terra Culta, entidade coordenadora do projecto.
“No meu tempo juntávamo-nos todos. Cantávamos as Janeiras. Agora, as pessoas estão de costas voltadas”, sublinha Alexandre Bonina, recordando uma aldeia com quase três mil habitantes e que agora é a menos populosa do concelho de Lagos, com apenas 868 residentes, metade dos quais estrangeiros.

Recuperar a memória do Natal tradicional e apresentá-la em presépio a encher o vazio da comunidade é o objectivo de um projecto iniciado em 2003 e que tem atraído cada vez mais aldeias, desde as 11 iniciais, quando ainda se fazia concurso, até às 24 deste ano, mais quatro do que no ano passado. Ganha o interior algarvio e também a curiosidade pelos caminhos da tradição.

Há presépios para ver em Alcantarilha, Alferce, Alportel, Altura, Ameixial, Barão de São João, Budens, Cacela Velha, Cachopo, Castro Marim, Cortelha, Estói, Machados, Marmelete, Martinlongo, Mesquita, Monchique, Odeleite, Paderne, Penina, Sagres, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Tôr e Vaqueiros. Na próxima Primavera, a Terra Culta divulga o filme e o livro que fixam para o futuro esta viagem ao Natal passado.

Neste sítio de São Brás de Alportel está um presépio do Menino e Cearinhas no altar da igreja. É uma tradição anterior ao século XVII ligada ao apelo à fertilidade e à abundância. Colocam-se taças com trigo a germinar junto ao altar.

Recuperar a tradição do uso da cera de colmeia é um projecto comunitário nesta aldeia de Tavira. Por isso, o presépio de figuras, de pequena escala e grande rigor artístico, foi feito com esse material.No Natal, armava-se o presépio e o Menino era colocado no topo da charola ou altarinho.

As laranjas em rama pediam graças para os pomares e searinhas de trigo, aveia, cevada e auspiciavam um bom ano de pão. Famílias reuniam-se nas casas com o presépio e recebiam as charolas que cantavam ao Deus Menino.

In Correio da Manhã

domingo, 21 de novembro de 2010

Cortiça de São Brás de Alportel serve de presente na Cimeira da NATO

Cortiça de São Brás de Alportel serve de presente na Cimeira da NATO
São Brás de Alportel, Faro, 16 nov (Lusa) - Sessenta gravatas em pele de cortiça, matéria prima extraída dos sobreiros algarvios, vão ser distribuídas...

Cortiça de São Brás de Alportel serve de presente na Cimeira da NATO
São Brás de Alportel, Faro, 16 nov (Lusa) - Sessenta gravatas em pele de cortiça, matéria prima extraída dos sobreiros algarvios, vão ser distribuídas pelos chefes de Estado e de Governo que visitam Portugal no âmbito da Cimeira da NATO, que decorre na próxima sexta-feira e sábado.

"Os presentes são uma oferta Pelcor e é uma forma de promover a marca portuguesa e a cortiça algarvia a nível internacional", declarou Sandra Correia, proprietária da empresa Pelcor, que tem sede em São Brás de Alportel, garantindo que "o Governo não teve custos com as lembranças".

Em declarações à agência Lusa, Sandra Correia explicou que "todos os chefes de Estado e de Governo vão receber gravatas em pele de cortiça, dentro de um copo concebido para o efeito e gravado com o escudo português".

As chefes de Estado, como Angela Merkel (Alemanha), e outras responsáveis políticas vão receber, por seu lado, a "Summit Bag", malas da Pelcor em forma de baú, "concebidas exclusivamente para as líderes mundiais, numa edição limitada de oito unidades", sendo o interior forrado com as cores da bandeira portuguesa e marcado com o escudo português", adiantou Sandra Correia.

O presidente dos EUA, Barack Obama, vai receber, além da gravata, um guarda-chuva de cortiça e uma coleira para o seu cão d'água, uma raça portuguesa.

Uma coleira e uma trela com brilhantes swarosky foram concebidas especialmente para o "Bo", que terá o escudo português, um "P" de Pelcor e o nome gravados, explicou a mentora da ideia.

Com estas ofertas, a proprietária da Pelcor pretende demonstrar que é possível fazer quase tudo em cortiça, contribuindo para a "sustentabilidade do sector industrial português, para a floresta portuguesa e para a notoriedade do país".

Produtos de design luxuosos concebidos a partir da casca de sobreiro como chapéus de chuva, bolsas de cosmética, relógios de pulso, aventais, malas a tiracolo, sacos de compras, bolsas para moedas, carteiras para homem e para cartões de visita são alguns dos objetos amigos do ambiente que estiveram expostos recentemente no Museu de Arte Moderna (MoMA) em Nova Iorque e em Tóquio.

O negócio corticeiro da família Correia começou em 1935, no centro do Algarve, região considerada o berço da melhor cortiça do mundo.

A NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi fundada em 4 de abril de 1949 na sequência da assinatura em Washington do Tratado do Atlântico Norte.

A aliança militar dos países ocidentais, numa Europa dividida por diferenças políticas e ideológicas, pretendia contrariar o "perigo do expansionismo" da então União Soviética.

CCM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Fim

sábado, 13 de novembro de 2010

A história do Museu do Trajo de S. Brás de Alportel

Amália Madeira Martins, natural de S. Brás de Alportel e radicada em Sintra, acaba de defender, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, de Lisboa, a sua tese de mestrado intitulada Génese, Inovação e Futuro – Uma Experiência em Museologia Social – O caso do Museu do Trajo de S. Brás de Alportel.
Orientada pelo Doutor Mário Moutinho, Amália Martins apresenta aí a história deste museu, analisando a sua situação presente e apontando directrizes para a sua futura actuação no seio da comunidade em que se insere.

José d'Encarnação

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Lenda de S. Martinho


São Martinho de Tours era filho de um Tribuno e soldado do exército romano. Nasceu e cresceu na cidade de Sabaria, Panónia (atual Hungria), em 316, sob uma educação da religião dos seus antepassados, deuses mitológicos venerados no Império Romano, aos 10 anos de idade, entrou para o grupo dos catecúmenos (aqueles que estão se preparando para receber o baptismo). Aos 15 anos de idade, e contra a própria vontade, teve de ingressar no exército romano e dirigir-se para a Gália (região na actual França). Aos 18 anos abandonou o exército pois o cristianismo não comportava mais suas funções militares. Foi baptizado por Hilário, bispo da cidade de Poitiers. Morreu no dia 8 de novembro de 397. Sua festa é comemorada no dia 11, data em que foi sepultado na cidade de Tours.
Venerado como São Martinho de Tours ele tornou-se no primeiro Santo não mártir a receber culto oficial da Igreja e tornou-se um dos Santos mais populares da Europa medieval.

O famoso episódio do manto:
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessaruma serra muito alta, os Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo.
Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.
De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar.
Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento… as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão!
Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Património Cultural - Gastronomia...

Também a gastronomia é património cultural e assim o consigna a Resolução do Conselho de Ministros nº 26/2000, de 26 de Julho, em que se afirma expressamente ser a gastronomia portuguesa considerada «como um bem imaterial integrante do património cultural de Portugal». E por isso ali se determina, entre outras acções, que se faça «um levantamento do receituário tradicional português, em toda a sua diversidade, evidenciando-se os aspectos que o singularizam» e se promovam «concursos locais, regionais e nacionais de gastronomia».
Assim, de 16 de Novembro a 31 de Janeiro, decorreu entre nós a iniciativa «São Brás com tempero», a pôr a par da I Quinzena Gastronómica «Sabores do Caldeirão», realizada de 1 a 15 de Abril do ano passado.
«Sopas com galinha, açordas, migas com entrecosto, javali, ensopado de borrego e de galo, feijão com repolho, carapaus alimados» foram alguns dos petiscos que o são-brasense e os forasteiros visitantes puderam apreciar.
Iniciativa de muito louvar, pois adverte Fialho de Almeida que a independência de um país pode começar a perder-se quando forem desaparecendo os «petiscos raros, sábios, finos, verdadeira sinfonia de sabores sempre sublime» que são como «monumentos locais».
E Boaventura Sousa Santos acentua a importância da gastronomia no contexto cada vez mais absorvente da globalização:
«À medida que se globaliza o hamburguer ou a pizza, localiza-se o bolo de bacalhau português ou a feijoada brasileira, no sentido de que serão cada vez mais vistos como particularismos típicos da sociedade portuguesa ou brasileira».

Publicado em «VilAdentro», de S. Brás de Alportel, nº 134 (Março 2010) p. 10.

Património edificado...

Amiúde se considera património edificado apenas os palácios e suas envolventes, os castelos e fortalezas, as igrejas e mosteiros, as casas senhoriais…
S. Brás deu o exemplo de um novo conceito de património, ao reabilitar as fontes como lugares de memória, proporcionando, de novo, o seu delicioso usufruto como áreas de lazer. É que, na verdade, também equipamentos como esses são marcas que o Homem deixou, ao longo dos tempos, e constituem, por outro lado, sinais de uma identidade local.
Assim, a casa comum, a nossa casa, a casa de todos os dias, cuja traça, de um modo geral, até nem teve outro arquitecto que não a experiência secular, de aproveitamento dos materiais mais adequados, da implantação mais propícia atendendo aos ventos e à exposição solar.
Em S. Brás, também esse património está a ser encarado com a maior atenção e a renovação das casas de viver, além da manutenção das fachadas – com as cantarias, obra singular da nossa gente, e as datas da sua construção – respeitam agora os espaços interiores, os pormenores significativos, muito embora adaptando-os às novas necessidades.
O inventário e registo fotográfico exaustivo dessas datas e das siglas identificativas do proprietário deverá, pois, constar da programação cultural camarária, em estreita colaboração, se necessário, com as associações de defesa do património.

Publicado em VilAdentro, de S. Brás de Alportel, nº130, Novembro 2009, p. 10.

sábado, 30 de outubro de 2010

Falar Algarvio

Besoirar…

Nem sempre nos consciencializamos que um dos patrimónios mais importantes que temos é o tempo. Do seu aproveitamento e boa organização diária depende, na prática, toda a nossa vida e a serenidade que importa manter.
O falar quotidiano típico das nossas gentes é outro património a valorizar e, por isso, o vocábulo ‘besoirar’ me ocorreu a esse propósito. Era palavra que meu pai empregava amiúde, não exactamente no sentido que aparece no Dicionário do Falar Algarvio – incomodar com barulho, com palavras monótonas, como o besoiro que anda à nossa volta e não nos larga, zum… zum… – mas para caracterizar a atitude de quem faz agora isto e ainda não acabou e vai fazer aquilo e depois se lembra de mais uma coisa e outra de seguida e… nunca mais se despacha!...
Como o dia daquele senhor, já passada a meia idade, que pegava nas chaves do carro para as arrumar e, de caminho, via uma carta e se ‘passeava’ assim, de tarefa em tarefa, o dia todo… e, no final da tarde, as chaves do carro continuavam fora do sítio! Relevante sinal de alerta para a nossa capacidade de concentração, de consciente aproveitamento do tempo – na opção, a cada momento, pela prioridade a gerir…
Anda o besoiro dum lado para o outro, zumbindo, num espalhafato, sem rumo, poisando aqui e acolá… E a gente acaba por não saber o que é que ele, na verdade, quer!...
Ora bolas! Será que, afinal de contas, este «A retalho», hoje, virou… parábola?

Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 138 (Julho 2010) p. 10.

domingo, 17 de outubro de 2010

A importância da toponímia


Nunca será de mais salientar a importância da toponímia, ou seja, dos nomes atribuídos a um lugar, a um arruamento.
De um modo geral, é o povo o gerador desse baptismo, baseado na tradição: ou porque ali se deu um facto que ficou na memória de todos; ou porque ali existia algo de fora do comum e que, por isso, se tornava ponto de referência; ou ali viveu personagem famoso…
Sou visceralmente partidário da manutenção dos nomes que o povo atribuiu; preconizo que, para além do papel (importantíssimo!) das juntas de freguesia, porque são os seus eleitos que mais perto estão da população, deverá existir em cada concelho uma Comissão de Toponímia, porque as propostas hão-de ser analisadas também numa perspectiva geral, para evitar duplicações que geram confusão, nomeadamente a nível da distribuição postal.
E assim quando, mormente na década de 60, novos arruamentos surgiram em Cascais, a Comissão de Toponímia optou – e muito bem! - por agrupar nomenclaturas: este bairro tem nomes de aves, aquele de pintores, aqueloutro de escritores…
Contudo, a homenagem que importa fazer aos que entre nós se distinguiram e cuja memória se quer preservar ‘obriga’ as juntas e a Câmara a um exercício em que se procura não prejudicar muito os moradores, tendo em conta, por exemplo, os registos de propriedade. Desta forma, as rotundas têm sido, nos últimos tempos, os alvos predilectos da nova toponímia, por, de um modo geral, não implicarem outras mudanças.
Manuel Eugénio F. Silva e José Ricardo C. Fialho – na sequência do que já haviam feito para Cascais – acabam de preparar para a Junta de Freguesia do Estoril o livro Toponímia na Freguesia de Estoril – Os Nossos Arruamentos. Uma iniciativa de muito louvar, porque assim cada vizinho acaba por melhor se identificar com o local em que vive: quem foi este personagem, quando se deliberou dar este nome… Bem ilustrado, constitui um repositório do maior interesse – que porventura suscitará, mais tarde, uma outra curiosidade: porque é que, em determinada sessão camarária, se deliberou aceitar a proposta da Junta e dar este nome a esta rua? Terá nesse aspecto papel primordial a consulta dos arquivos camarários e, também, a da imprensa local.

Publicado em Jornal de Cascais, nº 236, 28-09-2010, p. 6.

Por José d'Encarnação

sábado, 16 de outubro de 2010

Rota da Cortiça

Cortiça, a rainha!

Muitas iniciativas têm sido eficazmente levadas a cabo entre nós para que S. Brás continue a figurar na rota da cortiça. Há, de resto, a associação «Rota da Cortiça» – www.rotadacortica.pt/ – que tem como palavra de ordem: «Mais do que um percurso, uma história». E é.
Desde moço pequeno que vivo nessa «rota», porque, além de meu pai ter ido anos a fio, como muitos são-brasenses, para a «esgalha da cortiça», inclusive por esse Alentejo além, a água do cântaro bebia-se no cocharro (sábio aproveitamento dos nós da árvore); o almoço levava-se na tarreta; e até minha avó deixava o grão de molho, de um dia para o outro, num ‘alguidar’ que nada mais era do que um cocharro em ponto grande; no dia seguinte, era também com um pedaço de cortiça (como se fosse pequena tábua à medida da mão) que, sabiamente, tirava as peles do grão, para que a sopa ou o cozido não tivessem desagradáveis asperezas.
Não sei como se chama essa pequena ‘prancha’ nem se tem nome próprio (tê-lo-á, decerto) o alguidar. Daqui fica, pois, o apelo aos membros da Rota: neste âmbito do ‘património do falar’ sobre que me debrucei da última vez, vamos recolher essa terminologia, vamos preparar nova exposição com estes utensílios de ancestral uso quotidiano? Será uma forma de, fazendo um percurso, história fazermos também!

Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 141 (Out 2010) p. 10.

Património Imaterial

Património do falar

Ainda que não isento de polémica, pelo que me constou, eventual cópia (disse-se) de algo já feito, temos, com assinatura de Eduardo Brazão Gonçalves, o Dicionário do Falar Algarvio.
Uma iniciativa de fixar o que o povo usa no seu quotidiano e que constitui, por isso, património a não perder. E a palavra «património» assume aqui o seu real significado como algo de típico a transmitir de pais para filhos.
Bichoco, por exemplo, era palavra que eu ouvia amiúde, com um significado preciso: não era a simples ferida provocada por esfoladela ou arranhão; o bichoco era algo que viera de dentro, uma chaga a criar pus, a denunciar mal interior, difícil de sarar e de origem estranha, desconfiava-se que maligna.
E «chaga sem mezinha»? Uma pessoa incorrigível, incómoda, incurável, por mais conversa e conselhos que houvesse. Não tinha remédio. Não havia mezinha que lhe valesse!
Neste âmbito das dores e das mezinhas, dizia-se: «Ó homem, espera aí, não corras, que isto não é sangria desatada!»…

Publicado em VilAdentro [S. Brás de Alportel], nº 139/140 (Ago/Set 2010) p. 10.

domingo, 15 de agosto de 2010

TRISTE NOTÍCIA



Hoje é um dia de grande tristeza para a Museologia. Partiu um grande Homem da Museologia, da História e da Ciência. Um Homem com uma grandeza de alma e uma humanidade sem limites.





Até sempre Prof. Dr. Alfredo Tinoco!

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Amanhã é Dia Internacional dos Museus

Houve um movimento cívico em defesa do museu Houve um movimento cívico em defesa do museu (Pedro Cunha)

O Museu de Arte Popular "é para manter-se tal como estava e para o qual foi concebido, dedicado à arte popular portuguesa", disse Gabriela Canavilhas à agência Lusa no final da inauguração de uma nova sala de ensaios do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, em Lisboa.

A decisão contraria, assim, a decisão das anteriores tutelas do Ministério da Cultura de adaptar o edifício do antigo Museu de Arte Popular para acolher o futuro Museu da Língua Portuguesa.

Segundo Gabriela Canavilhas, o objectivo é reabrir o Museu de Arte Popular até ao final de 2010, inserindo-o nas comemorações do centenário da República, e nos próximos meses serão desenvolvidos os projectos museológico e museográfico.

"Os espaços têm uma vida própria, os conteúdos que se decidem para os espaços têm que ter em conta o espírito do lugar. E aquele espaço foi concebido para receber o espólio e contar a história da nossa arte popular e todo ele está direccionado nesse sentido", justificou a nova ministra da Cultura.

Gabriela Canavilhas escusou-se a revelar quem assumirá a direcção do renovado Museu de Arte Popular, referindo que a decisão caberá ao Instituto dos Museus e da Conservação.

O Museu de Arte Popular, com projecto do arquitecto Jorge Segurado, foi fundado em 1948 e actualmente o seu espólio, com cerca de cinco mil peças, está depositado no Museu Nacional de Etnologia.

Para o edifício, numa zona privilegiada de Belém junto ao rio Tejo, foi anunciado o futuro Museu da Língua Portuguesa, com a remodelação a ser enquadrada na requalificação da frente ribeirinha de Lisboa pela Sociedade Frente Tejo.

Quanto ao Museu da Língua Portuguesa, Gabriela Canavilhas referiu que faz mais sentido que seja concebido num outro espaço e no contexto de um Museu da Viagem, dedicado aos Descobrimentos, já anunciado pela tutela anterior.

"Do meu ponto de vista, a Língua Portuguesa deve ser associada à expansão da cultura portuguesa no mundo e a todo o fluxo da saída dos portugueses para o resto do mundo levando com eles a língua", disse.

"Será um projecto comum da língua e da cultura portuguesa no mundo", referiu, sem adiantar mais pormenores.

A hipótese de adaptar o espaço do Museu de Arte Popular para o Museu da Língua Portuguesa foi largamente contestado este ano por um movimento cívico, que exigia a reabertura do processo de classificação do edifício e a reabertura ao público.

Desse movimento cívico faziam parte a museóloga Raquel Henriques da Silva, a artista plástica Joana Vasconcelos, o crítico de arte Alexandre Pomar, entre outros.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Em causa a transferência do Museu de Arqueologia



Enquanto o país cultural discute as viagens da deputada Inês de Medeiros, há coisas mais graves a acontecer. A decisão de transferir o Museu Nacional de Arqueologia das actuais instalações nos Jerónimos para a Cordoaria, que já vinha do anterior Governo mas foi reiterada pela actual Ministra da Cultura, está a provocar uma verdadeira fronda entre os arqueólogos portugueses, um grupo pequeno mas aguerrido (lembrem-se das gravuras de Foz Côa). O director do Museu, Luís Raposo, já ameaçou demitir-se, invocando estudos técnicos que apontam os enormes riscos da Cordoaria para o espólio à sua guarda em caso de inundação ou terramoto.

É a primeira revolta séria contra Gabriela Canavilhas. E a demissão de Raposo teria consequências políticas assinaláveis porque não se trata de Christoph Damman, o director artístico do São Carlos que a Ministra se prepara para mandar embora sem sobressalto público (excepto um artigo de Mário Vieira Carvalho, que o contratou quando era Secretário de Estado). O director do MNA tem obra feita, audiência nos media e uma pequena corte que tornariam a sua eventual demissão muito impopular.

Entretanto, o novo Museu dos Coches, obra anunciada com pompa e circunstância para fazer prova do investimento do Governo na cultura, tem sido fortemente criticado por vários especialistas. Leia-se, por exemplo, o artigo da insuspeita Raquel Henriques da Silva na revista L+Arte de Março, que não podia ser mais duro ("O que peço, mesmo com a primeira pedra lançada desta obra escandalosamente inútil, é que se pare para pensar, assumindo que a cultura não pode ser gerida pelas falsas razões do mais ultrapassado turismo massificado, estratégia de pão e circo que a cidadania responsável só pode abominar").

Se juntarmos a esta bomba-relógio a indefinição quanto ao futuro do Museu de Arte Popular, cujo acervo está ainda encaixotado no Museu de Etnologia do Restelo, temos um cenário muito complicado no eixo museológico de Belém. Aproxima-se a primeira guerra de Gabriela Canavilhas no Palácio da Ajuda.


Retirado do Blog Cachimbo de Magritte

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Domingo de Páscoa em São Brás de Alportel


No próximo domingo, dia 4 de Abril, São Brás de Alportel será uma vez mais palco de uma das mais genuínas manifestações culturais de cariz religioso do país,a a secular Procissão de Aleluia.

Organizada em honra de Cristo ressuscitado, neste evento os andores dão lugar às flores, que ornamentam as tochas transportadas pelos participantes.

Neste dia, os visitantes desta vila poderão ainda apreciar a doçaria local, num espaço de mostra e venda de produtos locais – “Encontro de Sabores” -, localizado no Largo de São Sebastião e aberto ao público desde as 10h00.

Amêndoas tenras de São Brás, folares típicos desta época do ano e diversas receitas genuínas, à base de figo, amêndoa ou alfarroba, são os produtos em destaque neste dia.

À tarde, o adro da Igreja Matriz são-brasense acolhe uma tarde cultural, onde os visitantes poderão assistir a espectáculos de música popular portuguesa e ficar a conhecer os premiados dos concursos de jogos florais, tochas e varandas.

O convidado especial desta Tarde Cultural é Marante, mas o cartaz musical contempla ainda o grupo de música tradicional “Cante Andarilho” e um momento de dança.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Museu do Trabalho Michel Giacometti



Breve Historial do Museu


O Museu do Trabalho Michel Giacometti é um museu municipal, criado em Setúbal em 1987. Está sediado numa antiga fábrica de conservas de peixe, adaptada a museu desde 1995. O edifício constituído por cinco andares (restaurante, recepção, loja de vendas, centro de documentação, oficina de rendas, serviço educativo, auditório, serviços administrativos) e uma nave industrial tipo "open space" com múltiplos espaços de exposição, está integrado num antigo bairro de pescadores, salineiros e operárias conserveiras que trabalhavam na ex-fábrica Perienes que é hoje o museu.


Dedica-se dominantemente ao património industrial e ofícios urbanos ligados ao comércio, serviços e às antigas fábricas de conserva e litografias sediadas no concelho de Setúbal, possuindo ainda uma colecção de alfaias agrícolas (Michel Giacometti) e de ofícios tradicionais.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Museologia e Educação




ESCOLA SECUNDÁRIA DE MATIAS AIRES


Acção de Formação em Museologia



Formação: Museologia e Educação


No âmbito do Projecto Museu Escolar, importa conhecer as potencialidades que a escola pode usufruir tendo no seu espaço escolar um Museu.


O Museu Escolar deve ser um espaço de encontro de professores, alunos, pais, profissionais de diferentes e variados domínios. Um espaço artístico, poético, lúdico, tecnológico, científico, ambiental, de educação e animação cultural. Deve ser um espaço privilegiado para o lançamento de actividades, projectos e outras iniciativas.


Alguns dos objectivos desta formação:


Ø Promover a divulgação, preservação e valorização da cultura tradicional;


Ø Promover e preservar as artes e tradições;


Ø Colaborar com o espaço museológico que preserve e perpetue a memória da Escola.


Ø Pretende-se com este curso que os professores se integrem na museologia e no espaço museológico da escola.


Destinatários: Professores da ESMA, professores de outras escolas e pessoal não docente. Câmara Municipal de Sintra/ Divisão da Educação / Divisão da Cultura, e Junta de Freguesia da Agualva – Cacém.


Formadores: Professores Universitários na área da Museologia


Dr. Alfredo Tinoco – Museologia e Educação


Dr. César Lopes – Museologia e História Natural


Drª Liliana Póvoas – Museologia e Geologia


Drª. Isabel Victor – Museologia e Museografia e Gestão dos Museus

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Seminário "Serviços Educativos em Espaços Culturais" , 27, 28 e 29 Jan. 2010


Seminário “Serviços Educativos em Espaços Culturais”, 27, 28 e 29 Jan. 2010
Posted: 04 Jan 2010 02:17 AM PST

Nos próximos dias 27, 28 e 29 de Janeiro de 2010 terá lugar o seminário “Serviços Educativos em Espaços Culturais”

Local: Centro Cultural de Lagos

Sobre o seminário:

O que são Serviços Educativos? Para que servem? Que actividades e que metodologias desenvolvem? A quem se dirigem? Como estão organizados?

Como são formados os seus profissionais?

Nas últimas décadas e em muitos espaços culturais (museus, bibliotecas, teatros, monumentos e sítios, centros de ciência, …) foram estruturados Serviços Educativos com actividade permanente, dinamizados por profissionais que asseguram a mediação entre os programas científicos, culturais e artísticos e os diversos públicos, particularmente escolares. As visitas ao património histórico, a educação científica e ambiental, a estimulação de capacidades criativas, entre outras, integram também a programação desses espaços.

O Seminário “Serviços Educativos em Espaços Culturais” irá realizar uma reflexão retrospectiva sobre experiências portuguesas e analisar perspectivas evolutivas, convidando alguns dos mais experientes especialistas em serviços educativos, para conjuntamente com gestores e programadores, docentes e artistas, explicitarem pontos de vista, debaterem modelos conceptuais e metodologias, analisarem alguns.

Este Seminário dirige-se aos profissionais da cultura e da educação, da área pública e privada, professores e investigadores, gestores culturais e programadores, técnicos de projectos educativos, estudantes que pretendam formar e profissionalizar em serviços educativos.
Informações e inscrições: agecalgarve@gmail.com e http://www.agecal.pt/